Lígia Aroeira Ferreira
FIQUE POR DENTRO
DANILO VIEIRA JÚNIOR
Nosso conterrâneo Danilo participando do seminário "Gestão em Água e Saneamento",
Nosso conterrâneo Danilo participando do seminário "Gestão em Água e Saneamento",
Com o Cônsul Comercial da Áustria para o Brasil, Ingomar Lochschmidt.
Uma grande parceria entre a Áustria e o Brasil buscando soluções para os grandes problemas do saneamento.
Danilo é filho dos amigos Danilo Vieira e Elcy Brandão Vieira
Elza Marcato
EM DIA COM A NOTÍCIA
ALUNAS DO "SACRÉ- COEUR"
Mais uma relíquia do nosso centenário "Sacré-Coeur de Marie"!
Descobri esta maravilhosa fotografia, sem data e identificações, salvo engano, em uma página de fotografias antigas de Guidoval.
Imagino que seja do final dos "dourados" anos 50.
Na época em que nossas escolas, o TG e algumas agremiações esportivas desfilavam nos dias 07 e 19 de Setembro (Dia da Independência e do padroeiro São Januário), o desfile do "Sacré-Coeur" era um espetáculo à parte.
E elas ficavam ainda mais bonitas, dentro deste lindo uniforme...
Bons Tempos!
Enviada por CLAIR RODRIGUES
Márcia Aroeira Barbosa
FOTOS E FATOS
ENCONTRO UBAENSES EM BH
Márcia Villela e a filha Letícia
ESPAÇO ABERTO
É como um sonho encantado
que não termina jamais:
Ubá meu berço incrustado
dentro de Minas Gerais.
Olympio Coutinho
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HISTÓRIAS DE UBÁ - Outra do Chinello
Ronaldo Mazzei
No causo anterior que envolvia o Chinello e o Pedrinho, contei sobre o uixxxque da marca Land Rover, comprado no armazém do SAPS e prometi que posteriormente contaria sobre o prurido que o atormentava naquele episódio e que, por mau dos pecados, estava localizado “lá em casa”. Vamos à história.
Era uma coceira de alta intensidade e mantinha uma persistência incomum. Não lhe dava sossego. Durante o dia procurava se encostar numa discreta parede pra aliviar a coceira com as unhas, de maneira suave. À noite não dormia e não deixava a patroa em paz. Estava sem lugar o nosso amigo. Em casa tentou de tudo, desde banhos com águas tépidas, fubá com talco Palermont, emplastos, gelo, bolsa de água quente comprada na Farmácia Globo (“que coceira danada em Nilton?”, gozavam o Mottinha e o Clóvis. Vai no doutor Ângelo, rapaz!”, recomendavam os também dois gozadores) pomadas diversas e outras “receitas” daquelas antigas, do tipo tiro-e-queda receitadas por amigos e vizinhos. Nada aliviava. Passou até picolé de limão (que de limão só tinha a essência) do Pingüim, que atendia a freguesia ali onde hoje está Auto Refrigeração, esquina da São José com Parque Cinema, atual Rua João Guilhermino.
Tudo ele aplicava e a vermelhidão e o desassossego só faziam aumentar seu desespero. “Vou calçar a cara e perder a vergonha do doutor Ângelo mexer nisto aqui...”
No auge de uma das muitas crises de coceira, Nilton bateu à porta de seu amigo médico que atendia seus clientes na parte da tarde, em sua residência ali na rua Peixoto Filho, onde ficava seu movimentado consultório. O detalhe que não podemos esquecer é que o renomado esculápio (como diria o cronista social Kaniff de Kaniff) não tinha o hábito de cobrar consultas de seus clientes, não fazia questão. Era um exemplo de profissional caridoso e amigo de todos. Gozava de enorme prestígio na cidade, tendo inclusive assumido o cargo de prefeito com o pedido de licença do titular. Isso nos anos 1960. O Hospital Santa Isabel e inúmeras entidades prestaram sua homenagem a este sempre lembrado cidadão exemplar. A avenida do morro das Três Porteiras leva seu nome. Justas homenagens a quem tanto se dedicou à causa em benefício dos mais necessitados.
E lá foi o Chinello e sua coceira. Deixou até sua bicicleta e as ferramentas de eletricista que trazia na cintura em casa, já que tava difícil e doloroso esbarrar alguma coisa na “casa”. O “quintal” também não estava lá essas coisas, todo ferido, quase em carne viva. A coceira, aquela danada, se alastrara sem dó nem piedade. Foi a primeira vez que vi o Chinello mau-humorado. A não ser quando atuava como gol-keeper do seu amado Sport Club Aymorés.
Abrindo um parênteses:
Ei amigos leitores destas mal-traçadas linhas!
Precisamos descobrir a escalação daquele
esquadrão que marcou época na história do
“Mais Querido”
Quem se atreve a ajudar?
Renato Rossi, deve saber; Roberto Terziani, também.
Vicente Caiaffa, Martha Trajano, idem.
Honório Carneiro, deve saber toda a história.
Acho que o Coronel Carneiro era o zagueiro,
o Juquita o half direito,
o Abib Mauad o center half, será?
E o Paulo Pipoca, já atuava?
E o Raul Carneiro de meia-direita estilo rompedor?
E o Celso Salles, cracaço de bola?
Raul Porto? Adolfo?
os irmãos Lili e Lóló Braga?
Dr. Ângelo Porto de centro-avante?
Helio Caffinni? Os irmãos Sebastião e Raimundo Gravina?
Lilito MacDowell? Pepino? Ébster? Gibi?
Vamos escalar este timaço?
De volta ao causo. No caminho pra tortura, bateu à porta de seu amigo Pedrinho do Tabajara pra lhe dar uma força e fazer companhia. Morria de vergonha de mostrar sua “casa” pra alguém, até mesmo num caso de extrema necessidade, como este que já não tinha mais como adiar. Exame de próstata? Nem cogitava, “aqui não entra nada, só sai...”
Do Nilton Chinello, quero deixar um testemunho, que muito me honra: além da amizade que nos unia, fui homenageado por ele, dileto amigo que era, ao ser convidado a assinar o Livro dos Fundadores da Escola de Samba Unidos da Praça Guido, em 1971. Fez um convite na maior humildade e foi aceito com a maior vaidade, confesso. Pena que nosso “Carnaval” não mais comporta estas iniciativas independentes, sem dinheiro público, quando as Escolas desciam e arrasavam na avenida dando vida ao nosso tríduo momesmo (olha o Kaniff aí outra vez...).
De volta, outra vez.
“Entra aqui Chinello” - ordena o médico, “tira suas calças e fica de quatro aqui nesta maca enquanto vou lavar as mãos...”, falou o doutor, dando uma piscadela de olho pro Pedrinho - outro emérito gozador, ao mesmo tempo que fechava a porta.
Volta o médico: ”Ô Nilton, você ainda não tirou essas calças? Anda, tenho muita gente pra atender... anda, dá seu jeito. Vira essa bunda lisa pra cá...”
O paciente, envergonhado, com receio de mostrar a bunda, tomou coragem e cumpriu o 11º Mandamento, meio que desajeitado. “Relaxa e abre essas pernas”, falou o médico já calçando as luvas e mantendo aquela cara fechada mas guardando o riso.
E Nilton mantinha-se incomodamente de quatro, humilhado, ainda envergonhado, com toda a musculatura retesada. Peladão, mas com as pernas fechadas, joelho colado em joelho, como defendendo a Bastilha ante a queda iminente. “Lá se vai minha virgindade”, resignou-se. E, Chinello de quatro, os olhinhos miúdos fechadinhos, esperando uma ação inicial e matutando “Aquela luva buzuntada de pomada, pra onde será que vai este dedo deste tamanho? Ai Meu Deus, o que vai ser de mim? sei não...sei não, seja o que Deus quiser”, pensou já entregando os pontos.
Chinelo volta à realidade quando o doutor Ângelo, aplica umas leves palmadas nas redondezas do vermelhão no entorno da “casa”, repete o pedido pra relaxar e acende uma poderosa lâmpada de 100 velas. “Pronto, é agora”, pensa Chinello, que trata de fechar os olhos. Retesa a “casa”. E aguarda.
Gozador como ele só, e já incorporado numa paciência beneditina, o médico apalpa as imediações, arrasta o tripé com a lâmpada Phillips pra perto da “casa”, examina daqui e dali, dá um leve toque, examina outra vez. “Que ferimento feio, hein Chinello?” Suspira fundo, segurando o riso.
E vem a pergunta cheia de sacanagem “Em quem você ai votar pra prefeito Nilton? “Naquele candidato que o senhor mandar”, responde o indefeso paciente, desatinado de sofrimento e cansado de manter a posição determinada. “É mesmo? Posso confiar” ? “Olha lá, hein?”. Claro, doutor, voto em quem o senhor mandar”. Aceitava qualquer pedido naquela posição desesperadora. Suspira fundo, e já sabendo que a doença do Nilton era coisa à toa, e que bastava aplicar corretamente uma amostra de pomada cujo tubo já estava separado, fica (mais!) sério e dá o diagnóstico: “Pois é Nilton, você tá mesmo com alguma coisa aqui na entrada...”
E Nilton, nestas alturas do campeonato, já um tanto ou quanto relaxado, não se deu por vencido. Na mesma incomoda posição, com a cabeça entre as pernas, olha de baixo pra cima com aquela cara de gozador para o amigo médico, seu colega do Tabajara - apontando e balançando o dedo indicador pra lá e pra cá:
“Saída, doutor ..” e repetindo letra por letra: “...S-A-Í-D-A....”
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