sexta-feira, 13 de setembro de 2013

"UBA NOTÍCIAS" POSTAGEM Nº872 - ANO 3



Lígia Aroeira Ferreira 



Fique por dentro




GERMANO BARRETO

Germano recebendo o troféu de campeão de tênis , na categoria 15 anos, das mãos do mestre Ronan Oliveira.
Germano é filho de Fernanda Dias Paes Barreto e Max Barreto. 



Elza Marcato



Em dia com a notícia



BIBLIOTECA DE UBÁ
A Biblioteca Municipal de Ubá expôs, no mês de agosto, 19 banners com trechos da obra de Monteiro Lobato, que tem  por título REINAÇÕES de EMÍLIA, como parte do projeto
Exposição Itinerante, elaborado pela Superintendência da Biblioteca Pública  de M.G.
Parabenizamos a coordenadora da biblioteca Rose Flores pela divulgação do projeto.

Fonte: Prefeitura de Ubá.



Márcia Aroeira Barbosa



Fotos e notas



Mª DE LOURDES ALVIM BARBOSA

Minha avó Maria, se viva fosse, hoje estaria completando 100 anos. 
Faleceu em 1967 deixando muita saudade e muitos amigos.
Filha do pediatra Gladstone de Faria Alvim, esposa do cirurgião-dentista Agenor Barbosa e mãe de cinco filhos : Eduardo, Ronald, Antônio Carlos, Márcio e Adail.  

Abaixo, no "ESPAÇO ABERTO" trecho do livro de seu filho Ronaldo

                     ESPAÇO ABERTO
                                                                                                  
É como um sonho encantado
que não termina jamais:
Ubá, meu berço incrustado
dentro de Minas Gerais.
                                    Olympio Coutinho
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Este blog é para a integração dos ubaenses. Mande suas notícias, fotos, mensagens...
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TRECHO DO LIVRO "E FOI ASSIM ! " de Ronald Alvim Barbosa 

Minha mãe, Maria de Lourdes, tinha sempre um semblante sereno. Era muito bonita, mesmo sem nenhum tipo de maquiagem. Nunca usou uma joia e nem mesmo era dada ao uso de bijuterias. Não me lembro de tê-la visto com roupas estampadas ou mesmo coloridas. Decotes ou calças compridas, nem pensar. Na hora oportuna, havia sempre de sua parte uma palavra de carinho ou uma justificativa em favor de quem estivesse “na berlinda”.  
 A sua beleza interior, porém, era o que nos enchia de orgulho. Foi totalmente dedicada à família, particularmente ao marido e aos filhos, numa entrega total. Cuidou também de meus avós e de minha tia-bisavó, Dida, inclusive quando já estavam em fase final de vida.
Sempre se preocupava com os mínimos detalhes. Mesmo quando eu já era universitário, morando no Rio de Janeiro, recomendava-me para não deixar a toalha molhada sobre a cama e não dormir com a janela aberta se estivesse ventando; que me agasalhasse bem nos dias mais frios, principalmente se fosse passar o final de semana em Petrópolis.
Certa vez, ajudando-me numa dissertação quando eu ainda estava no curso primário, sugeriu que acrescentasse a frase “uma dádiva de Deus”. No dia seguinte, quando a professora perguntou-me o que era dádiva, eu não soube responder.
Hoje percebo que sua renúncia ao mundo foi sem nenhum tipo de sacrifício, pois tudo o que fazia era por amor, o que tornava o seu sentimento ainda mais valorizado. O amor deixa de ser um sentimento nobre se vier acompanhado pelo sacrifício.
Foi uma pessoa sempre pronta para servir a quem dela necessitasse. Por outro lado, por mais que eu me esforce, não me lembro dela pedindo qualquer tipo de favor a quem quer que fosse. Estou dizendo que ela sempre teve de tudo na vida, não necessitando do favor de ninguém? De forma alguma. Minha mãe passou por problemas dos mais diversos, mas sempre com a serenidade que contribuía, e muito, para amenizar qualquer situação adversa. Sua paciência poderia ser traduzida por perseverança tranquila ou mesmo ciência da paz, pois sempre objetivava uma resolução, nada sendo meramente passivo.
Por mais de uma vez considerei-a uma pessoa sem personalidade, que aceitava o que lhe era imposto, sem revolta ou espírito de luta. Com o amadurecimento dos anos,
pude constatar que minha mãe era de uma sabedoria pouco comum. Aquilo com que ela não concordava de pronto, tornava-se realidade em questão de tempo, da forma como ela, silenciosa e pacientemente, havia antecipado.
Casou-se muito cedo, com apenas dezoito anos. Estudou piano, tendo uma sensibilidade musical que se evidenciava ao executar qualquer melodia, principalmente o tango La cumparcita. Mesmo com sua presença marcada pela simplicidade, soube conviver em harmonia com os seus talentos, pois, além da musicalidade, escrevia muito bem e seu português falado era bem melhor do que o comum. Com uma sabedoria imensa, sabia conviver com o grande ciúme do seu um pouco menos jovem marido.
Sua presença de espírito era de uma perspicácia, de uma agudeza que hoje, ao relembrar, chego a me emocionar.
Sua fidelidade à família, aos amigos mesmo distantes, as suas convicções, tudo era demonstrado de modo transparente em seus gestos, suas atitudes, suas palavras, seu olhar...
Muitas de suas amigas dos tempos de colégio se tornaram suas comadres graças à convivência sadia que os anos não puderam esmorecer. Uma delas, Olga Carneiro Martins, a Titita, sempre se emocionou e ainda se emociona ao falar de minha mãe. Foi madrinha de meu irmão mais velho, Eduardo. A outra amiga, Maria Aparecida Coelho Abelha, minha madrinha, carinhosamente chamada de Tida, teve a sua amizade até a morte.
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