ELEIÇÃO NA OAB Estes são os integrantes da chapa "Valorizar e Perseverar" que, pela terceira vez, saiu vitoriosa na eleição da OAB de Ubá, para o quadriênio 2016/2019, tendo como Presidente o dinâmico advogado ubaense Dr. Miguel Poggiali Gasparoni e como vice-presidente nossa amiga Dra.Vera Magaton Barletta.
Colaboração: Jornalista Levindo Barros
Elza Marcato
EM DIA COM A NOTÍCIA
Mais uma apresentação das nossas conterrâneas que fez sucesso neste último domingo em São Paulo.
Parabéns!!!
Márcia Aroeira Barbosa
FOTOS E FATOS
ESPAÇO ABERTO
É como um sonho encantado
que não termina jamais:
Ubá meu berço incrustado
dentro de Minas Gerais.
Olympio Coutinho
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TEXTO SOBRE O PIANISTA
ANDRÉ CARRARA
Ubá, em Minas Gerais, foi berço de Ary Barroso, pai da Aquarela do Brasil. Também é terra de dona Francisca, professora, e de seu esforçado aluno de piano André Carrara. Encravada no interior do Estado, a cidade não segurou por muito tempo o dedicado estudante, que precisou sair de lá para se aperfeiçoar no instrumento e, anos depois, tornar-se músico da Ospa. No entanto, mesmo pequeno, o lugar foi grande o suficiente para comportar seu desejo de menino que sabia que seu lugar no mundo era fazendo música, onde quer que fosse.
Foi lá, no sudeste do país, que, através do antigo rádio do pai, Carrara conheceu sua paixão. “Uma vez meu irmão mais velho estava mexendo no dial do rádio e passou por uma estação de música clássica. Me encantei e decidi fazer isso”, conta. Um tio, então, emprestou um acordeon, primeiro instrumento que aprendeu a tocar com a professora Francisca. Aos 12 anos, enfim, resolveu direcionar seus esforços para o piano.
Logo, Ubá tornou-se pequena. Foi para Visconde do Rio Branco estudar em um conservatório e, de lá, embarcou para o Rio de Janeiro para fazer sua graduação. Além das aulas com Francisca de Andrade, em Ubá, levou dela outra grande recordação: a primeira professora, quando ficou sabendo que Carrara iria estudar na UFRJ, marcou uma entrevista com o músico e compositor Francisco Mignone, contato que o levaria para a classe do Dr. Heitor Alimonda na universidade.
Em 2004, quando concluía seu mestrado em música, ainda no Rio, ficou sabendo do concurso da Ospa e decidiu se arriscar. Curiosamente, uma das suas experiências mais marcantes com a orquestra aconteceu pouco antes de ser nomeado: “O convidado de um concerto não pôde vir e, na última semana, fui chamado para solar porque já tinha tocado o Concerto em Lá Menor de Grieg, peça da noite. Mas fazia quase dez anos que não tocava ela”, relembra. Depois de uma semana de ensaios, estava pronto. Em 2006, ingressou efetivamente na orquestra.
Hoje, já doutor em música pela UFRGS, Carrara dedica-se ao repertório de piano solo. Depois de reproduzir os 24 estudos de Fréderic Chopin, lança-se ao desafio de apresentar integralmente os Improvisos, Scherzi e Baladas do compositor, que é sua referência no instrumento. Professor da Escola de Música da Ospa, ele trabalha para levar aos seus alunos a prática de um discurso do som. “Na realidade, os estimulo para tentarem descobrir o que a música pede da gente. Cada repertório pede alguma coisa”, explica.
De fala concisa e pausada, o músico é cauteloso ao usar as palavras: “Prefiro dizer através do piano”, revela. Ainda assim, convida a pensar: “O repertório erudito é música para ‘gente grande’. Para ser apreciado, exige um estado reflexivo que está sendo cada vez mais esquecido. Estamos muito reativos e pouco reflexivos. Tem um sentido expressivo na música que estamos perdendo”, conclui.
Texto: Ana Eidam
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