quinta-feira, 10 de março de 2016

"UBÁ NOTÍCIAS" POSTAGEM Nº1576 - ANO 6


    Lígia Aroeira
“CÂMARA DA TERCEIRA IDADE”
O presidente da Câmara Municipal de Ubá (CMU), vereador Samuel Gazolla (PT), esteve reunido,  com representantes de entidades ubaenses que prezam pelo direito e pela qualidade de vida dos idosos. O objetivo dos encontros foi divulgar o novo projeto do Legislativo, o “Câmara da Melhor Idade”.
O vereador participou da reunião mensal do Conselho Municipal do Idoso, na sede da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social. Mais tarde foi ao Asilo São Vicente de Paulo para apresentar o projeto à coordenadora administrativa, Celsiane Souza Lima. 
O projeto tem como objetivo promover a participação dos idosos na política, além de contribuir na interação entre a CMU, a sociedade e as instituições que trabalham com o direito dos idosos. 
As propostas, sugestões e estudos discutidos e apresentados pelos membros do projeto serão divulgados, encaminhados pelo Legislativo aos setores competentes e transformados em políticas públicas para os idosos.

Mais informações sobre o projeto podem ser obtidas no nosso site, por meio deste link: http://www.camarauba.mg.gov.br/index.asp?mn=25&cn=1194


Fonte: CMU
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Galeria
 

As lindas Júlia e Amanda, filhas do Almir Mauad
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    Elza Marcato

CURSO  E  CAPACITAÇÃO  EM  UBÁ
Aconteceu em Ubá a terceira e quartas etapas da Capacitação do Projeto Polo SUS em Ubá .
Parceria entre a Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério Da Saúde (SGEP-MS) e a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), por meio da Escola de Governo e Cidadania(EGC-UFJF).
Os encontros fora realizados na Câmara Municipal, com o apoio da Secretaria Municipal de Saúde, do Conselho Municipal e contou com a participação da população e trabalhadores do SUS e da Assistência Social.
O foco do Projeto Polo SUS é promover a qualificação da gestão das Políticas Públicas.

Fonte:  Assessoria de Comunicação da P.M.U
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Parabéns! Celia e Celma Mazzei 


Caras escritoras,
Temos o prazer de apresentar a lista dos 30 contos selecionados para integrar a  antologia bilingue Brasil Itália.

Vejam lista abaixo.
Envio os meus calorosos parabéns àquelas que tiveram seu texto selecionado e meus agradecimentos a todas as que participaram.
Informo também que todos os contos enviados foram de altíssimo nível, e que, segundo a comissão julgadora relatou,
as decisões foram tomadas com muita dificuldade devido a alta qualidade dos mesmos.
Em nome de todas as pessoas envolvidas nesse enriquecedor projeto envio nossas saudações literárias.

Joyce Cavalccante

1º CONCURSO LITERÁRIO BRASILITALIA – 2015
COMITES/SP – Comitato degli Italiani all´Estero e  REBRA – Rede de Escritoras brasileiras
RESULTADO FINAL
RELAÇÃO DAS CLASSIFICADAS (por ordem alfabética de nome/ nome artístico)

                               NOME                                                                                 TÍTULO DO TEXTO
1.       Andréa Maria                                                                   De todos os medos que possuímos
2.       Angélica Royo                                                                  A chegada de Conchettina
3.       Aparecida de Lourdes Micossi Perez                           Amália
4.       Betty Silberstein                                                 O encanto escondido de uma italiana desconhecida
5.       Carmen Teresa do Nascimento Elias                           Esperança e futuro
6.       Celia e Celma Mazzei                                                    O homem que coloria palavras
7.       Custodia Wolney                                                            Laços Milanesi & Bombonato
8.       Débora Pio                                                                       A nonna
9.       Edih Longo                                                                       Feeling linguístico

10.    Eugenia Zerbini                                                                O eterno expresso


O HOMEM QUE COLORIA PALAVRAS

Era uma vez um avião que não tinha asas, parecendo uma banana gigante.  Veio de longe, um lugar chamado Friedrichshafen, disseram as meninas gêmeas, juntas, essa palavra difícil sem titubearem, deixando as cinco amiguinhas impressionadas! Repetiam uma das histórias do pai, que lhes parecia um mágico, tirando de dentro de si palavras cheias de cores. Veio brilhando de luz de prata, no céu anil, foi chegando, chegando, ocupou tudo isso, continuou uma, riscando com o indicador o firmamento, e parou bem aqui em cima da praça. As sete cabecinhas se viraram na direção onde o dedo apontava, cada uma imaginando como seria a tal bananona... Todo o mundo da cidade veio correndo ver aquele aviaozão - prosseguiu a outra gêmea - e ali ficaram, com os gogós esticados, admirando aquela estranheza. De lá, um homem abriu uma porta e jogou uma escadinha de corda que veio dar aqui no chão, a irmã já emendando: ele foi descendo, devagarinho, toda a gente de boca aberta... As amiguinhas nem piscavam, olhando ora para uma gêmea, ora para sua cópia, pois falavam como que ensaiadas numa coreografia verbal, balançando seus cachos louros. Aí, quando pisou no chão, o homem disse buongiorno a tutti, mas só o papai entendeu e conversou com ele na mesma língua - que sabia desde menino. Pegou sua máquina Kodak, abriu o fole e clique!,tirou um retrato bonito do bananão, paradinho aqui... As pequenas nunca tinham ouvido uma história assim, ah, o pai das iguais é mesmo diferente!...
O contador de histórias fantásticas para as filhas, Celidonio, começou a sua em Lucciano, na Toscana, Itália, em 1888, onde viveu até os 8 anos, quando com seus pais e dois irmãos, atravessou o oceano de mudança para o Brasil. 
As gêmeas daqueles anos de 1950 cresceram e continuaram juntas, sempre recordando as singulares histórias do pai. Em 1988, com seus irmãos, decidiram homenageá-lo pelo centenário de seu nascimento, com uma exposição de suas fotos mais importantes. Acharam no baú da D. Lola, mãe de uma amiga, uma preciosidade: veja isso!!! é o Zeppelin!, exclamaram em uníssono, com a imensa alegria que a surpresa lhes provocou. Ali se via a praça da cidade, o coreto ao centro e sobre ela, a silhueta elegante e inconfundível do dirigível. Era verdade!,repetiram,  emocionadas, enquanto manuseavam com cuidado a bela fotografia em preto-e-branco, tão colorida era nas cabeças das meninas, pela fantástica história que o pai lhes contava. Embaixo, a data, 1930, e a assinatura de Celidonio Mazzei. Mas o fato é que o Graf Zeppelin sobrevoou várias cidades do Brasil, impressionando por seu formato e seu tamanho...
Era uma vez uma estrela imensa que apareceu uma noite, brilhando mais do que todas as estrelas juntas! Ah, como as duas gostavam dessa história... Tinha uma cauda comprida e ficou no céu, estacada, só brilhando (tanto que não foi preciso fazer a fogueira para espantar as onças...). Os vagalumes nem acendiam seu pisca-pisca, ofuscados por seu esplendor. Corajoso, o menino abriu sua janela e subiu no parapeito. Dali, estendeu seu braço e tocou suavemente com os dedos a cauda morna e brilhante da estrelona... A vida era dura, ali na Fazenda Sant’Ana, na Serra da Onça. Celidonio acordava cedo e seguia seu pai para trabalhar na lavoura; quando descansava, abria o livro que veio pra ele, da Itália. Assim aprendeu, sozinho, a ler, em sua língua-materna. Só quando cresceram é que as filhas souberam que aquela história tinha muito de real: a aparição que assustou a todos, em 1910, foi do cometa Halley, extremamente brilhante e grande, com 15 quilômetros de comprimento!
Quando as filhas faziam aniversário, o pai pedia à mulher: Gioconda, emenda à máquina quatro lençóis brancos. Subia nas árvores da praça e os amarrava nos galhos. À noitinha, toda a cidade vinha, cada qual com uma cadeira, para assistir aos filmes em 16mm que ele gravou durante o ano.                   
Aquele homem, um menino sonhador, fez das lentes de suas câmeras fotográficas um registro das histórias que viu e que viveu. Adquiriu respeito por onde andava, como quando precisou apear do cavalo e dormir numa pensão à beira de uma pequena estrada; no mesmo quarto, espingarda em punho, um assassino perigoso pergunta: o que o moço aí traz na algibeira? Minha máquina de retrato,tremeu a voz do estrangeiro com sotaque. Bastou. Em sinal de idolatria pelo homem que guardava numa caixa a imagem de alguém, o bandido o deixou em paz.
Esse foi o contador de histórias, que soube como ninguém colorir a vida e as palavras, assim como coloria seus retratos em preto-e-branco. Celidonio Mazzei viveu até os 91 anos, sem concretizar o sonho de retornar à sua Itália amada, cultivando o mais puro italiano, da terra de Dante, como se orgulhava em dizer, quando recitava versos de seu livro preferido, a Divina Comédia.
Celia e Celma
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