"UBÁ NOTÍCIAS" POSTAGEM Nº1931- ANO 7

  Lígia Aroeira
O Cruzeiro Centenário

Alguns ubaenses ainda devem lembrar deste Cruzeiro da Praça São Januário, que ficava bem em frente a igreja.

O exímio fotógrafo amador Elysiário Távola dos Santos nos deixou esta maravilhosa relíquia, que nos foi enviada pela sua viúva a ubaense Enílce Rocha Collares, residente em Santos/SP.

Não temos informação do motivo da remoção do simbólico Cruzeiro.

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Programa Rua Nova 

Este projeto visa calçar cerca de 6000 m² de ruas a cada mês, perfazendo o total de 30000 m².
Esta iniciativa é uma das prioridades da atual gestão e muito beneficiará os moradores locais.
O trabalho será iniciado na Rua José Lourenço Sperandio, no Mangueiras Rural.  
Mais detalhes sobre o projeto no site da Prefeitura:
http://www.uba.mg.gov.br/…/prefeitura-lanca-programa…/11170
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Elza Marcato

Prata da Casa

Ângelo Rodrigues Vicente

Enfermeiro há mais de 10 anos e, há 5 anos, no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).

Ele conta os desafios que precisou vencer contra o tempo, contra a desesperança e muitas vezes contra a morte.

Nasceu em Tocantins, mas tem grande apreço por Ubá.

Graduou-se em 2006 pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) 

Casado com uma colega de profissão.

Fonte:  Revista Fato/Agosto

Reflexão

 "As melhores coisas do mundo devem ser sentidas com o coração" Charlie Chaplin

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LEOCÁDIA GODINHO E SIQUEIRA
               
Patrona da Cadeira nº 15 da AULE - Academia Ubaense de Letras, atualmente ocupada por Isaltina Dalva Rodrigues Andrade, sucessora de Amélia Martha Trajano Girardi (Miúcha) e Celma Mazzei.

Patrona da Cadeira nº 21 da AFEMIL - Academia Feminina Mineira de Letras, atualmente ocupada por Ivone Taglialegna Prado, sucessora de Thereza Costa Val e Maria Clotilde Baptista Vieira.

Leocádia Godinho e Siqueira nasceu em 29 de setembro de 1880, em São Sebastião do Banco Verde, município de Muriaé, MG, mas foi em Ubá que ela desenvolveu suas atividades profissionais e seu nome ganhou projeção. Fez o curso primário em São Domingos do Prata e o secundário na Escola Normal de Barbacena.

Era filha de Inácio José Godinho e Thereza Vieira Godinho. Casou-se com Messias Siqueira e teve dois filhos, ambos já falecidos: o Dr. Evandro Godinho Siqueira e o Dr. Ivanoff Godinho Siqueira (este, autor do epíteto “Ubá, Cidade Carinho”).

"Sob a direção da Srtª Leocádia Godinho, começou a ser publicado quinzenalmente em Ubá, o jornalzinho literário O Orvalho."
O Pharol (Juiz de Fora, 06/01/1903)

Presença ativa, participante e influente, Leocádia exerceu atividades destacadas no município de Ubá. Atuou no Magistério, na Literatura e até na Política. Escrevia em jornais locais, como colaboradora, com trabalhos em prosa e verso. Fez parte do grupo de fundadores do Ginásio Mineiro “Raul Soares”, inaugurado em 14/08/1928, cabendo-lhe a cadeira de Desenho Geométrico, matéria que lecionou durante 27 anos. Foi professora também no Ginásio São José, durante quinze anos; cinco anos no Ginásio Municipal e, por algum tempo no Colégio Sacré-Coeur de Marie, onde lecionou Francês. Por suas atividades docentes, Leocádia Godinho e Siqueira exerceu, durante anos, a função de educadora da juventude ubaense.

Eleita Vereadora na gestão do prefeito Dr. Jacintho Soares de Souza Lima, Leocádia cumpriu o cargo de forma combativa e ardorosa, obtendo a aprovação dos ubaenses. Sua expressiva participação na vida cívica e intelectual da cidade tornou-a uma mulher destacada das demais de sua época, conhecida e admirada além dos limites do município de Ubá; era “síntese e símbolo da mulher ubaense”.

A Profª Maria Clotilde Baptista Vieira, primeira ocupante da cadeira 21, da AFEMIL – Academia Feminina Mineira de Letras, foi quem escolheu o nome de D. Leocádia Godinho e Siqueira para ser a patrona de sua cadeira, da mesma forma que, ao fundar em 1983 a AULE - Academia Ubaense de Letras, indicou o nome de D. Leocádia para ser a patrona da Cadeira nº 15, hoje ocupada pela nossa confreira, Sra. Isaltina Dalva Andrade Rodrigues.

Leocádia Godinho e Siqueira seguiu passos seguros e brilhantes no seu caminho literário. O primeiro livro, “Nenúfares”, publicado em 1954, foi alvo de muitos elogios, com repercussão favorável na Academia Mineira de Letras, sendo considerada uma das grandes obras da poesia mineira. E Leocádia não parou aí. Publicou a seguir: “Neve na Serra” (1960); “Na Espiral da Vida” (1965); “Nonada” (1969); “Noite Alta” (1970) e “Nômina” (1972), todos de poesia.

A poetisa Leocádia cultuou a difícil forma do soneto, que tecia com arte de mestre, além de outras modalidades poéticas, inclusive a trova.

Era uma poetisa habituada a trabalhar com as rimas e a métrica de modo impecável, como os clássicos. Compunha tanto os sonetos decassílabos quanto os alexandrinos, considerados como de difícil construção. Aqui, um alexandrino de sua autoria:

Home Sweet Home

Queira abrir o portão e entrar; a casa é sua;
Nosso jardim florido o aguarda a cada instante:
Murta, aglaia e verbena, em floração constante,
Derramam por ali o aroma que flutua...

Deixe atrás o gradil que o separa da rua;
No meio de jasmins, lírios, cravo gigante,
Chegue à porta e será bem-vindo, visitante,
Quer seja à luz do sol, quer ao clarão da lua...

O teto é hospitaleiro e encerra protetor,
Relíquias ancestrais e livros comme il faut,
Cada sombra irreal representando um ser.

Venha à nossa vivenda, à vivenda do amor,
Daquele santo amor de minha avó e avô...
Venha ao lar em que vivo e onde espero morrer.

Leocádia amava sua casa, o jardim repleto de flores e árvores olorosas. Tinha prazer em receber os amigos em seu refúgio de sonhos e encantos, onde as plantas exalavam aromas agradáveis e calmantes. Com habilidade descritiva, ela teceu vários sonetos, em que ressalta os aspectos bonitos e a hospitalidade de seu ambiente familiar. O soneto acima é um deles.

Leocádia Godinho e Siqueira teve seus méritos reconhecidos em vida, conquistando os seguintes títulos honorários:

– Comendadora da Ordem da Inconfidência Mineira, recebendo a “Medalha de Honra” e “Diploma de Serviços Prestados à Cultura” das mãos do então Governador do Estado de Minas Gerais, Dr. Bias Fortes.

– Troféu e Medalha de Honra ao Mérito pela Prefeitura Municipal de Ubá;

– Diploma de “Melhor do Ano de 1967”, no setor de Artes e Letras, promoção dos Diários Associados, em Minas Gerais.

– Eleita para a Academia Municipalista de Letras de Minas Gerais, AMULMIG, representando o município de Ubá, na Seção Poesia. Homenageada pelo sodalício, quando completou noventa anos de idade, boa oradora que era, pronunciou de improviso um belíssimo discurso, que encantou a todos os presentes.

A veneranda D. Leocádia Godinho e Siqueira faleceu aos 92 anos, em 04 de dezembro de 1972, ano em que publicou seu último livro, “Nômina”.

Segundo depoimento de Maria Clotilde, Leocádia, “alma jovem, aos 90 anos, inda compunha versos de amor”. A excelente poetisa teve uma existência privilegiada, pois manteve o domínio de sua lucidez e o fulgor literário, compondo dezenas de sonetos e poemas, trazendo a lume seus livros, enquanto viveu.

Professora emérita, jornalista inconfundível e poetisa consagrada, Leocádia Godinho e Siqueira, a quem admiramos e respeitamos, é um nome que dignifica a cultura da nossa terra e os sodalícios dos quais é patrona: da Cadeira nº 21 da AFEMIL – Academia Feminina Mineira de Letras e da Cadeira nº 15 da AULE – Academia Ubaense de Letras.

Biografia de D. Leocádia Godinho e Siqueira, patrona da Cadeira 21 da Academia Feminina Mineira de Letras, que teve como primeira ocupante (fundadora) D. Maria Clotilde Baptista Vieira e como sucessora D. Thereza Costa Val. A atual ocupante da referida cadeira é a Sra. Ivone Taglialegna Prado.

Texto da acadêmica Thereza Costa Val publicado no livro “Patronas da Academia Feminina Mineira de Letras - AFEMIL”, Belo Horizonte, MG (2013), coordenado pela então presidente, Srª Conceição Parreiras Abritta.

Adaptação: acad. Clair de Melo Rodrigues
Cadeira nº 05 – Patrono: Monsenhor Paiva Campos
Supervisão: acad. Marum Sallum Alexander
Cadeira nº 23 – Patrono: Ary Barroso
Agradecimentos a Sra. Theresinha Almeida Pinto(Membro Correspondente)

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