Lígia Aroeira
Centenário da Arte Fotográfica de
Celidônio Mazzei
O evento comemorativo da data no último dia 8, na FAGOC - Faculdade Gov. Ozanan Coelho, contou com a presença de autoridades, muitos descendentes do homenageado e amigos.
Dia 12/12, quarta-feira, a mostra será aberta ao público, às 20:00, com a presença do Secretário de Cultura de MG, Sr. Ângelo Oswaldo, no Fórum Cultural de Ubá, onde permanecerá aberta até dia 30/12.
Grande oportunidade para apreciar a obra do italiano Mazzei, que se tornou ubaense de coração.__________________________________________
Elza Marcato
Recordação de um Ubaense
Sou - com muita alegria - daquele tempo em que a fotografia era uma grande novidade e nos impressionava.
Lembro-me bem do Celidônio no Foto Mazzei, onde íamos muitas vezes, inclusive para admirar as fotos que ficavam expostas, algumas delas de pessoas conhecidas, e outras vezes para sermos fotografados ou para buscar algum serviço fotográfico encomendada e executado com dedicação pelo mestre e seu principal aluno, o Talú, sempre agitado e eficiente com a máquina pendurada no pescoço, e correndo pra lá e pra cá, principalmente nos casamentos e nas recepções.
Grande Celidônio, grande Talú, grandes amigas Célia e Celma, grande Ronaldo, grandes e bons tempos...
Grande Celidônio, grande Talú, grandes amigas Célia e Celma, grande Ronaldo, grandes e bons tempos...
Olympio Coutinho - BH
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Espaço Aberto
O FATO DA FOTO
Contado por Celidônio Mazzei, para seu neto Maurício Mazzei
VOVÔ CELIDÔNIO E O DIRIGÍVEL EM UBÁMe interessei pela fotografia quando tinha uns 12 anos de idade.
Ficava deslumbrado ao ver as máquinas inventadas na loja do Foto Mazzei, de Ubá, pela década de 1970.
Às vezes, quando lá chegava, ficava com o vovô Celidônio nos fundos de sua casa, que tinha um estúdio de pintura e desenho, onde praticava seu hobby.
Nesse canto bem cuidado, observava-o recuperando fotos, pintando ou desenhando com crayon que ganhou das filhas gêmeas quando voltaram de uma turnê no Japão.
Me ensinou muitas técnicas, por exemplo, a usar nas fotos PeB um verniz com uma fórmula modificada e simplificada por ele que fazia com que durassem mais de cinquenta anos.
Hoje a gente sabe que vão durar mais de cem. Ali me deliciava com seus contos, histórias e boas gargalhadas, com frases bem colocadas, uma voz grave com um sotaque bem italiano que eu adorava. Chegava ao ponto de ficar observando sua língua batendo no céu da boca para soltar um educado “maledeto!”
Ficava deslumbrado ao ver as máquinas inventadas na loja do Foto Mazzei, de Ubá, pela década de 1970.
Às vezes, quando lá chegava, ficava com o vovô Celidônio nos fundos de sua casa, que tinha um estúdio de pintura e desenho, onde praticava seu hobby.
Nesse canto bem cuidado, observava-o recuperando fotos, pintando ou desenhando com crayon que ganhou das filhas gêmeas quando voltaram de uma turnê no Japão.
Me ensinou muitas técnicas, por exemplo, a usar nas fotos PeB um verniz com uma fórmula modificada e simplificada por ele que fazia com que durassem mais de cinquenta anos.
Hoje a gente sabe que vão durar mais de cem. Ali me deliciava com seus contos, histórias e boas gargalhadas, com frases bem colocadas, uma voz grave com um sotaque bem italiano que eu adorava. Chegava ao ponto de ficar observando sua língua batendo no céu da boca para soltar um educado “maledeto!”
Um dia, sentado na beira de sua cama, outro cantinho bom para conversa, contou uma história, de tantas, que me marcou muito e me faz lembrar até hoje o quanto foi peculiar.
Foi em um dia que um famoso dirigível passou por Ubá e ele resolveu ir atrás.
Observando com muita curiosidade, percebeu que o aparelho voador havia ancorado em um rio próximo, em baixa altura. Pegou o cavalo, prendeu no lombo a máquina fotográfica e tripé de madeira, feitos por ele, e foi até lá. Com cuidado, aproximou-se pela outra margem do rio e ficou observando.
Percebeu que dois indivíduos desceram por uma escada pendendo da cabine e um deles com uma mangueira; colocou a ponta dela na água para abastecimento do dirigível. O outro, com uniforme militar de oficial deu-lhe um aceno.
Vovô riu neste momento e me disse o quanto foi engraçado a cena seguinte.
O oficial, possivelmente desdenhando do que estava vendo do outro lado do rio, um sujeito com um cavalo, olhou para ele, posicionou as mãos em volta da boca, como um cone falante e gritou: - Parla italiano? (KKKKKKK, vovô rindo muito), respondeu com os pulmões cheios: - Si, parlo italiano! Para uma feliz surpresa, os dois eram italianos.
Depois de uma breve conversa, gritada em plenos pulmões, o auxiliar recolheu a mangueira e voltou para a aeronave.
O oficial despediu-se com um aceno e escalou a escada até a cabine...
A foto, a foto? Vovô não poderia perder a chance de fotografar a aeronave.
Montou em seu cavalo e foi para mais distante possível. Aquilo era enorme. Montou seu tripé e câmera com chapa de vidro 12x21 e clicou aquele monstro.
Não sei se faz parte da minha imaginação, mas lembro-me de ter visto esta foto estampada na primeira página de um jornal da cidade com o dirigível acima do leito do rio em um grande vale.
Foi mais uma história fascinante que contava como se fosse uma poesia.
Depois de uma boa conversa, vó Gioconda chamava para tomar um café coado em coador de pano, com leite fresco da roça e bolinhos vira-vira açucarados e com canela, feitos no fogão Cosmopolita de quatro bocas incrivelmente limpo.
Hoje sou fotógrafo de uma revista e cinegrafista de vídeos de documentários, comerciais de TV, institucionais, telejornalismo e etc.
A influência dos tios Mazzei e do vovô Celidônio foi decisiva em minha vida e agradeço por ter vivido cada momento de sua história.
MAURÍCIO MAZZEI
Foi em um dia que um famoso dirigível passou por Ubá e ele resolveu ir atrás.
Observando com muita curiosidade, percebeu que o aparelho voador havia ancorado em um rio próximo, em baixa altura. Pegou o cavalo, prendeu no lombo a máquina fotográfica e tripé de madeira, feitos por ele, e foi até lá. Com cuidado, aproximou-se pela outra margem do rio e ficou observando.
Percebeu que dois indivíduos desceram por uma escada pendendo da cabine e um deles com uma mangueira; colocou a ponta dela na água para abastecimento do dirigível. O outro, com uniforme militar de oficial deu-lhe um aceno.
Vovô riu neste momento e me disse o quanto foi engraçado a cena seguinte.
O oficial, possivelmente desdenhando do que estava vendo do outro lado do rio, um sujeito com um cavalo, olhou para ele, posicionou as mãos em volta da boca, como um cone falante e gritou: - Parla italiano? (KKKKKKK, vovô rindo muito), respondeu com os pulmões cheios: - Si, parlo italiano! Para uma feliz surpresa, os dois eram italianos.
Depois de uma breve conversa, gritada em plenos pulmões, o auxiliar recolheu a mangueira e voltou para a aeronave.
O oficial despediu-se com um aceno e escalou a escada até a cabine...
A foto, a foto? Vovô não poderia perder a chance de fotografar a aeronave.
Montou em seu cavalo e foi para mais distante possível. Aquilo era enorme. Montou seu tripé e câmera com chapa de vidro 12x21 e clicou aquele monstro.
Não sei se faz parte da minha imaginação, mas lembro-me de ter visto esta foto estampada na primeira página de um jornal da cidade com o dirigível acima do leito do rio em um grande vale.
Foi mais uma história fascinante que contava como se fosse uma poesia.
Depois de uma boa conversa, vó Gioconda chamava para tomar um café coado em coador de pano, com leite fresco da roça e bolinhos vira-vira açucarados e com canela, feitos no fogão Cosmopolita de quatro bocas incrivelmente limpo.
Hoje sou fotógrafo de uma revista e cinegrafista de vídeos de documentários, comerciais de TV, institucionais, telejornalismo e etc.
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