quinta-feira, 5 de março de 2020

"UBÁ NOTÍCIAS"POSTAGEM Nº 2465-ANO 10


  Lígia Aroeira
Valor Arquitetônico

Essa foto, acima, mostrar um painel em azulejos, na fachada de um imóvel localizado à Rua José Campomizzi (em frente ao clube Tabajara).
Esse painel é de autoria do arquiteto ubaense professor Adjalme Carneiro Filho (professor Adjalminho).
A cultura dos azulejos em painéis de imóveis ganhou força no Brasil, a partir da década de 1960, influenciado pelos grandes arquitetos de obras artísticas em Belo Horizonte, Brasília e Cataguases.
Devido ao seu valor arquitetônico, sugiro a esse Conselho Municipal do Patrimônio Cultural de Ubá, estudos para aprovação do painel professor Adjalminho Carneiro como um " Bem Cultural representativo do nosso Patrimônio Cultural contemporâneo.
Colaboração: Levindo Barros
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Amigas

Vera Helena Guilhermino e Vera Tassara Perillo
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      Elza Marcato 
TALENTO  DE  FATO
DÉBORA DA SILVA PEREIRA
Desafiando o corpo e fazendo da capoeira seu espaço de evolução.
A capoeira não é apenas um esporte, mas sim, parte de sua construção como ser humano.
Iniciou no esporte ainda na infância, no Projeto Social no bairro onde morava.
Mais tarde, os Graduados Waltim e Baiana, acolheram-na na academia que administravam.
Débora coleciona medalhas e grandes histórias pelos lugares que passou.
Aluna graduada da Abadá-Capoeira(Associação Brasileira de Apoio e Desenvolvimento da Arte Capoeira). 
Atualmente, treina muito para chegar à Grécia, para disputar o Primeiro JOGOS DE VERÃO- 2020.
Projeto: Expandir o Projeto "APRENDO ENSINANDO"
Fonte:  Revista Fato/Fevereiro - Scarletti Gravina
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F R A G M E N T A N D O...
E você, quer mesmo ir para o céu?
Acabo de ler, de autoria atribuída a Adélia Prado: “O que a memória ama, fica eterno”. Me lembrou outro texto, porém de Rubem Alves (colhi excertos), onde o autor diz que tem medo de ir para o céu; que  se sentiria um estranho por lá;  onde não tem barca, nem gaivota, somente sobre-humanas companhias (...). “Também amo o mar e o ar. No meu corpo moram rios, árvores, montanhas e nuvens. Nenhum mundo além poderá consolar-me da sua perda. Espírito não pode sentir o cheiro bom do capim gordura, ele teria de ter um nariz; idem sentir o vento frio das tardes de inverno, a lhe golpear o rosto, eles não têm pele; e (pobres) não podem jamais sentir o prazer de mergulhar no mar. Seres etéreos não sofrem os efeitos da gravidade. Não sentem a alegria do mergulho. Saltam, e ficam flutuando no espaço.” E, prosseguindo:

— Nietzsche sonhou com o “retorno eterno“ − voltarei sempre a este mesmo lugar, cujos prazeres vão do café com leite e pão com manteiga, pela manhã, à música de Bach e os céus estrelados, à noite. Isto, para não se falar nos prazeres do amor, que não podem subsistir sem o corpo. E do olfato, que percebe desde o “brabo cheiro bom de suor e graxa“, a que Adélia Prado se refere, até o perfume de pêssego maduro que vem da flor do imperador, tão discreta, e que Guimarães Rosa declarou ser a mais querida. E os ouvidos? As serenatas (antigas), o “eu te amo“ (eterno), os poemas - são todos seres materiais, que não existem sem a física da fala. Não posso imaginar um som espiritual, embora se diga que os querubins tocam harpas e cantam. Sons precisam de bumbos, trombones, violinos, dedos, sopro, corpo: são coisas físicas, corpóreas. E fico preocupado com o destino de Bach e Beethoven, espíritos nos céus, para sempre separados dos bons instrumentos da terra onde tocaram a sua música. Continua Rubem Alves:

— Por isso me alegrei com esta festa de nome latino, Corpus Christi, que diz que Deus, cansado de ser espírito, descobriu que o bom mesmo era ter corpo, e até se encarnou. Preferiu nascer como corpo, a despeito de todos os riscos, inclusive o de morrer. Porque as alegrias compensavam. Curioso que os homens prefiram os céus, quando Deus prefere a terra. Nós “precisamos do perfume dos pinheiros, do barulho da água, dos riachos, do cintilar da luz sobre a superfície dos lagos”, disse um chefe indígena. Rubem Alves diz ainda:
— Não é à-toa que a tradição fala não em imortalidade da alma, mas em ‘ressurreição da carne’. Afirmação de que a vida é bela e o divino se encontra nas coisas materiais mais simples. Como dizia Blake: “Ver a eternidade num grão de areia“. Ou Fernando Pessoa: “Toda matéria é espírito“. E assim, como e bebo as coisas deste mundo, corpo de Deus... 

Segue conclusão do “Fragmentando...”:
Vitória para ser sentida tem que haver chance de derrota, exposição a esta, o que lá na vida eterna não existe — ao menos é como nos ensinaram. Impossível viver na terra como se aqui benesse mais tamanha houvesse que na “casa do Pai”, atesta a lógica. A despeito da crença que insiste em sustentar o contrário, mas sem conseguir explicar o flagrante desafio ao que chamamos de lei natural, que sabemos intransgressível pelo humano.
Rubem Alves faz refletir que todos sonham um dia morar com Jesus; mas nunca a pessoa topa quando chega a hora da mudança pro céu: morrer pela “eterna mesmice?”

Autor: Antonio Carlos Estevam (da Academia Ubaense de Letras) 
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