Lígia Aroeira Ferreira
Fique por dentro
SHOW CANCELADO
SHOW TERMINA EM TRAGÉDIA
Visual do Horto Florestal após a violência
Quarta- feira, 18 de setembro, véspera de feriado, show do Sorriso Maroto, o que era para ser uma noite agradável se transformou em pesadelo. O Horto virou um campo de guerra, cenas lastimáveis vistas apenas em filmes de terror. Tiros para todos os lados, gente caindo, sendo pisoteada e um saldo de 1 morto: André Luiz Carlos Brito, 16 anos, mais 2 feridos em estado grave: Sandro de Souza da Silva Singulani, de 18 anos e Giovani, de 16 anos, que estão internados no Hospital Santa Isabel, em Ubá.
Os dados ainda não são oficiais, mas segundo informações de vítimas, os tiros começaram na entrada dos camarotes, pessoas invadiram a área vip, derrubaram as grades, um corre corre tremendo, atiradores entraram no camarote, muita gente rolou pelas escadas, umas pessoas entraram no galpão, muita gritaria e mais tiros no galpão, outros correram para o estacionamento, onde mais tiros foram ouvidos.
Muita gente chegou em casa ainda em estado de choque.Uma noite de terror no Parque de Exposições que jamais será esquecida.A polícia trabalha com a hipótese de encontro de gangues; por enquanto uma pessoa está detida.A polícia faz buscas pela região a procura de suspeitos.
Elza Marcato
Em dia com a notícia
MELHORIAS EM UBÁ
A Prefeitura Municipal de Ubá e a Secretaria Municipal do Meio Ambiente receberam em 21/8, a terceira Estação Meteorológica do município, que será instalada no Campus
da Universidade do Estado de M.G. (UEMG).
O treinamento foi coordenado pela empresa Energética onde diversos agentes foram envolvidos em questões climáticas .
Outras 2 estações foram instaladas este ano : No 21ºatalhão da Polícia Militar e, a outra, no Distrito de Miragaia.
Além da Estações, foram instalados 4 pluviômetros.
Fillipe Tamiozzo, Secretário Municipal de Meio Ambiente, disse que breve a cidade de Ubá terá uma Estação Hidrológica que medirá a altura dos rios e a quantidade de chuvas.
Fonte: Prefeitura Municipal.
Márcia Aroeira Barbosa
Fotos e Notas
FAMÍLIA SILVEIRA JORGE
José Mauro Jorge a esposa Marcini M.Silveira e a linda filha Lorena.
Marcini é filha dos saudosos amigos Cícero Silveira e Maria Moura.
ESPAÇO ABERTO
É como um sonho encantado
que não termina jamais:
Ubá, meu berço incrustado
dentro de Minas Gerais.
Olympio Coutinho__________________________________________________
Email : ubanoticias@gmail.com
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ESPERANÇA DA MÃE DE BERNARDO COLLARES
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Aos três anos de idade, o mineiro Bernardo Collares Arantes conseguiu balançar o berço até poder descer, abriu a porta e fugiu para a rua. Moleque, gostava de subir pelas grades do edifício onde a família morava, não sem antes perguntar à mãe, Heliane: "Mãe, posso subir?" E ela: "Pode, Bernardo. Você só não pode é cair". Aos 46 anos, em janeiro de 2011, já um montanhista experiente, resolveu partir para sua maior aventura: escalar a face oeste do monte Fitz Roy, na Patagônia argentina. E sumiu.
Entre os montanhistas, quando um acidente fatal acontece, é considerado uma honra que o corpo permaneça na montanha. Mas dizer isso a uma mãe não vai exatamente apaziguar seu coração. Desde que Bernardo, terceiro de quatro filhos, desapareceu, Heliane, de 71 anos, lembra sua ausência a cada mês, no Facebook. "Um ano e um mês do desaparecimento do meu filho". "Um ano e sete meses. Morreu? Não morreu?" "Um ano e nove meses. Queria que minha fantasia se tornasse realidade: como ninguém o viu morto, será que ele morreu mesmo? Às vezes me assusto na rua, vendo alguém parecido com ele, achando que voltou." Dividida entre amar e odiar a montanha que engoliu o filho, Heliane posta fotos do belo Fitz Roy ao crepúsculo.
Dois anos e oito meses atrás, Bernardo Collares, presidente da Federação de Montanhistas do Rio, embarcou com a parceira Kika Bradford para tentar a façanha de subir o Fitz Roy pela via Afanassief, na face oeste-sudoeste do monte, conquistada em 1979. Como Kika narrou em março de 2011 em artigo na revista de aventura Go Outside, a via "é a mais longa dessa montanha, com aproximadamente 2 mil metros de extensão. Para chegar à base, é necessário caminhar por 9 horas em trilhas, neveiros (neve fofa), morainas (trechos de pedras soltas) e glaciares". O clima da região é tão inóspito que os escaladores só se lançam à montanha nas raras brechas de bom tempo. Isso em pleno verão.
Entre os montanhistas, quando um acidente fatal acontece, é considerado uma honra que o corpo permaneça na montanha. Mas dizer isso a uma mãe não vai exatamente apaziguar seu coração. Desde que Bernardo, terceiro de quatro filhos, desapareceu, Heliane, de 71 anos, lembra sua ausência a cada mês, no Facebook. "Um ano e um mês do desaparecimento do meu filho". "Um ano e sete meses. Morreu? Não morreu?" "Um ano e nove meses. Queria que minha fantasia se tornasse realidade: como ninguém o viu morto, será que ele morreu mesmo? Às vezes me assusto na rua, vendo alguém parecido com ele, achando que voltou." Dividida entre amar e odiar a montanha que engoliu o filho, Heliane posta fotos do belo Fitz Roy ao crepúsculo.
Dois anos e oito meses atrás, Bernardo Collares, presidente da Federação de Montanhistas do Rio, embarcou com a parceira Kika Bradford para tentar a façanha de subir o Fitz Roy pela via Afanassief, na face oeste-sudoeste do monte, conquistada em 1979. Como Kika narrou em março de 2011 em artigo na revista de aventura Go Outside, a via "é a mais longa dessa montanha, com aproximadamente 2 mil metros de extensão. Para chegar à base, é necessário caminhar por 9 horas em trilhas, neveiros (neve fofa), morainas (trechos de pedras soltas) e glaciares". O clima da região é tão inóspito que os escaladores só se lançam à montanha nas raras brechas de bom tempo. Isso em pleno verão.
Kika e Bernardo foram para lá pela primeira vez no final de 2008, quando passaram dois meses estudando a região, sempre acalentando o sonho de atingir o cume pela Afanassief. Em 2009, esperaram dois meses para subir, e desistiram após 200 metros, ainda no primeiro dia, por causa do frio intenso. Finalmente, no dia 1º de janeiro de 2011, o clima parecia ideal, e a dupla de escaladores brasileiros iniciou a subida. A partir daí, a única testemunha do que aconteceu é Kika Bradford.
Em nove horas, ela e Bernardo fizeram a aproximação para a base e começaram a escalar. O tempo estava tão bom no primeiro dia que Kika, ao contrário do ano anterior, quando havia tiritado de frio mesmo com todas as roupas no corpo, estava de camiseta. No dia seguinte, avançaram mais rumo ao cume e foram dormir "exaustos e felizes". Acordaram com flocos de neve caindo sobre os rostos. O tempo virou. Decidiram subir um pouco, para descer por outra via menos perigosa, mas não havia visibilidade por causa do intenso nevoeiro. A 400 metros do cume, decidiram encarar a perigosa Afanassief na descida.
Foi quando a ancoragem se soltou, Bernardo caiu do rapel e bateu com a cabeça na rocha. Segundo Kika, o parceiro chegou a ficar inconsciente por alguns segundos. Ela conseguiu transferi-lo para um platô e colocá-lo no isolante térmico, apesar das fortes dores de Bernardo no cóccix, lombar e quadril. Ambos decidiram que o melhor seria ela descer para buscar ajuda. Vinte e cinco horas depois, Kika Bradford chegaria à base da montanha, mas, no dia seguinte, recebeu a notícia de que não seria possível resgatar seu parceiro por causa do tempo.
O Fitz Roy, ou Cerro Chaltén, aparece em quase todas as listas de "montanhas mais difíceis de escalar do mundo", ao lado dos montes Annapurna, no Nepal, o pico K2, na fronteira sino-paquistanesa, ou o Nanga Parbat, a mortífera montanha no Paquistão conhecida como "comedora de homens". Com 3.375 metros, o sul-americano Fitz Roy, na fronteira entre o Chile e a Argentina, não chega à metade destas gigantes do Himalaia, mas o que lhe falta em altura sobra em dificuldade técnica: paredões de puro granito e com clima traiçoeiro.
Para se ter uma ideia, em 19 de maio de 2012 nada menos que 234 pessoas alcançaram o cume do Everest, enquanto no Fitz Roy houve temporadas com apenas uma tentativa bem-sucedida. Em janeiro deste ano, os brasileiros Sergio Tartari e Flavio Daflon e o argentino Luciano Fiorenza foram parar no noticiário pelo feito de alcançar o topo abrindo uma nova via de escalada no lado norte da montanha, batizada de "Samba do Leão".
"A escalada do Fitz Roy é tecnicamente muito exigente e longa, com pouquíssimos locais para descanso. O sucesso depende de janelas de bom tempo que costumam durar no máximo quatro dias, sendo que uma ascensão e descida completas costumam levar de dois a três dias inteiros", explica o presidente da Confederação Brasileira de Montanhismo e Escalada, Silvério Nery. "Com tempo instável, os ventos podem chegar a mais de 100km/h, reduzindo drasticamente a sensação térmica e as chances de sobrevivência."
De acordo com Nery, é relativamente frequente que montanhistas desapareçam e seus corpos não sejam achados, como aconteceu com Bernardo, embora o caso dele seja apenas o segundo de que se tem notícia ocorrido com brasileiros –o outro caso foi o do paranaense Marcos Luszczynski em 2005, que tentou escalar o Mont Blanc, na França. Seu corpo nunca foi encontrado. "Essa é uma consequência bastante provável em montanhas muito altas e ambientes extremos", diz. "Talvez no Brasil seja raro porque só recentemente a presença de brasileiros em grandes montanhas teve um aumento significativo. É também uma questão de estatística."
De fato, no Japão, que vive um boom da prática de montanhismo entre pessoas maduras, o número de desaparecidos vem crescendo. O ano passado bateu o recorde: 2465 escaladores desapareceram, 75% deles com idade acima de 40 anos. A maioria foi resgatada depois, mas 249 morreram e 35 continuam desaparecidos. Mais alta montanha do mundo, o monte Everest se tornou a última morada de pelo menos 100 das cerca de 230 pessoas que morreram tentando alcançar seu cume. Em 1924, os pioneiros montanhistas Andrew Irvine e George Mallory se tornaram célebres por sua tentativa. Não se sabe se foram ou não os primeiros a chegar ao topo: jamais retornaram da aventura.
O corpo de Mallory só foi encontrado 75 anos depois, em 1999. O de Irvine continua desaparecido – provavelmente junto com a cobiçada câmera fotográfica da dupla, capaz de resolver o mistério. Eles morreram na subida ou na descida? A primeira conquista comprovada ocorreu há 60 anos, em maio de 1953, mas desde então estima-se que mais de 3.500 escaladores repetiram o feito. Na temporada de 1996, 19 pessoas morreram tentando chegar ao cume em uma expedição comercial.
Tragédia narrada por Jon Krakauer, jornalista do clássico No Ar Rarefeito (Companhia das Letras).
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