sexta-feira, 16 de outubro de 2020

"UBÁ NOTÍCIAS"POSTAGEM Nº2620-ANO 10

 Lígia Aroeira

Vacinação Antirrábica























Locais de Vacinação - 3ª Etapa Rural
A campanha ocorrerá com as equipes vacinando animais de casa em casa nas seguintes localidades e entornos: Rodovia Ubá x Rodeiro, Córrego São Pedro, Córrego Alegre, Diamante, Várzea do Pimentão até a divisa com Sobral Pinto, Córrego dos Braguinhas, proximidades do APAE Rural, Ubeba, Ligação, Quebra - Coco, região do aterro Sanitário, Córrego São Domingos, Colônia Padre Damião, Povoado São Domingos e Povoado Boa Vista.

Vacinação com equipe em pontos fixo:
- Diamante (na praça) - de 12h30 às 14h30; 
- Ligação (na praça) - de 12h às 13h30;
- Povoado Boa Vista (próximo ao campo) - de 12h30 às 15h30;
- Colônia Padre Damião (na praça) - de 7h30 às 15h30; 
- Povoado São Domingos (na praça) - de 11h30 às 15h30.
 
Em caso de chuvas, a campanha será adiada e nova data será agendada. 

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Recordando...

































Luciana e Cláudio Aguiar Occhi


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      Elza Marcato 
ESPORTE  EM  UBÁ























O AYMORÉS  busca  reforços além das quatro linhas e a diretoria visa agora o apoio da sua torcida.
Nesta quarta-feira, dia 7 de outubro, o Clube lançou o Programa Sócio Torcedor através de suas Redes Sociais, com adesão 100% online pelo site oficial do clube.
"A torcida do Aymorés é fiel e apaixonada e este Programa de Sócio Torcedor clube é a forma de colaborar para esse momento tão importante da nossa história."- disse o presidente Antônio Queiroz Júnior.
O torcedor que aderir ao programa terá vantagens reais com desconto de 20% em todos os produtos oficiais do clube, incluindo nossa nova linha de uniformes que serão lançados em breve, diz o Diretor  de Marketing, Fabiano Fusaro.
Outros benefícios : Participar de promoções; carteira personalizada; entrada sem filas e gratuitos em jogos em casa.
Para aderir ao programa Sócio Torcedor:  Sport Club Aymorés
Mensalidade : R$29,90
Período: 12 meses

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Como Ubá deu no que deu
Raul Filho*
Ary Evangelista Barroso. Embora não se tenha notícia de nenhum Ary que tenha sido evangelista, o nome do mais famoso ubaense, que nasceu em 7 de novembro de 1903, era mesmo esse. E existem centenas de biografias dele publicadas, aqui e no exterior, mas todas diferentes dessa pequena e cheia de envolvimento.
Bom, mas voltando ao Ary, anos depois, seguindo um conselho de um amigo numerólogo, retirou o "Evangelista" do nome. Em sua opinião, não dava certo.
Órfão desde os oito anos, Ary foi tutelado por José Augusto Resende, casado com Isaura da Rocha Resende, que também está no livro da dissertação que derivou todas essas histórias de “como o Brasil deu no que deu” Tornou-se um dos mais celebres compositores do Brasil. Sua vida está descrita em dezenas de livros, entre eles “No tempo de Ary Barroso”, do vascaíno Sérgio Cabral, o pai, por favor. Aliás, Barroso era um apaixonado torcedor do Fluminense, mas como ninguém é perfeito, o jornalista, radialista, vereador e compositor de Aquarela do Brasil – aquela do mulato inzoneiro e do coqueiro que dá côco - virou casaca e bandeou pros lado da Gávea. Virou mulambo.
Compôs ‘Cateretê’, sua primeira música, aos 15 anos e se mandou, como muitos, para o Rio de Janeiro em 1920, aos 17 anos, 1920, com 40 contos de réis, um dinheirão vindo de herança. Gastou tudo em dois anos, com farras e bebidas – “o resto desperdicei”, dizia.
Já formado em Direito - após nove anos de curso - ganhou o festival carnavalesco de 1930 com "Dá nela".
Em seguida, uma séria de sucessos em diversos gêneros: "Aquarela do Brasil" (1930), "Maria" (1932), "Na batucada da vida" (1934), "No tabuleiro da baiana" (1937), "Boneca de pixe" (1938), "Na Baixa do sapateiro" (1938); "Risque" (1952); "Rancho das Namoradas" (1962), numa inusitada parceria com Vinícius de Morais.
Começou em 1934 o programa “A hora do calouro”, na Rádio Cruzeiro do Sul.
Em 1935 tornou-se o mais popular locutor esportivo.
Em 1945, patrulhado por Getúlio, compôs a trilha sonora do filme "Você já foi à Bahia?", de Walt Disney.
Em 1946 foi o vereador mais votado pela UDN, o Centrão da época. Sua atuação como parlamentar ficou marcada pela defesa dos direitos autorais e pela construção do Maracanã. Bingo!
Mágoa de Ubá
Muito se fala que Ary desprezava Ubá. Na verdade não era desprezo. Talvez mágoa, uma mágoa doída que vinha da negativa da câmara municipal em homenageá-lo com o nome de uma rua. Segundo Ary, “os políticos confundiram o sobrinho do dr. Resende com o compositor Ary Barroso e, para castigar seu desafeto partidário sacrificaram quem nada, absolutamente nada, tem com as intrigas políticas locais.”
Esse é o trecho de uma carta que Ary escreveu respondendo a um convite de outro Ari - esse Gonçalves, ubaense e deputado - para que o artista participasse das comemorações do centenário da emancipação política da cidade, em 1957. Foi um sonoro e retumbante não.
Era prefeito de Ubá José Pires da Luz, que melindrou, deu murro na mesa que a rachou ao meio, junto com os copos de vermute. E teve que pagar outra.
É, naquela época era assim. Barroso, hoje um pianista inerte, imortalizado, sem identificação e solicito na praça cidade, costumava vir disfarçado à Ubá. Encontrava amigos, tomava umas cervejas, cantava umas modas e partia para o Rio.
Mágoa de Ubá, nenhuma pelo menos registrada em relatos ou entrevistas.
Aliás numa delas dada ao jornalista Washington Rodrigues, publicado em seu livro que “Pra Machucar seu coração” era um réquiem para sua cidade natal. Mas a canção foi composta em 1943, mais de década após a desfeita da Câmara Municipal.
Uma canção ou entrevista publicadas contra sua cidade natal não existem. Existem conversas, “causos” e as visitas secretas nos bares das terras de São Januário.
Ary morreu aos 61 anos, de cirrose hepática, no dia 9 de fevereiro de 1964 - o ano cão - num domingo de carnaval, exatamente quando o Império Serrano entrava na avenida com o samba Aquarela Brasileira, de Silas de Oliveira, feito em sua homenagem: “vejam essa maravilha de cenário...”.
Depois de sua morte, foi homenageado por diversos governos municipais e estaduais com seu nome em escolas, vias e praças.
No setor de rádio e TV do Maracanã tem um busto em bronze e em 1988 a escola de samba União da Ilha do Governador o imortalizou com um dos mais cantados sambas-enredo de todos os tempos: “Nasceu em Ubá, em Ubá...”
No Leme tem um monumento com ele ao piano. Bacana também.
Ary é um fenômeno. Entre as as dez mais regravadas canções brasileiras, de acordo com o ECAD, ele ainda lidera.
1. Aquarela do Brasil (Ary Barroso, 1939) – 399 gravações em 81 anos;
2. Carinhoso (Pixinguinha, 1917, com letra de Braguinha, 1937) – 389 gravações em 103 anos;
3. Garota de Ipanema (Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes, 1962) – 376 gravações em 58 anos
*Raul Filho é mestre em Comunicação e doutor em Sociologia da Educação
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Um comentário:

  1. Muito bom o artigo do Raul Filho sobre o Ari Barroso. É o Raulzinho Carneiro?
    Parabéns

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