sábado, 25 de agosto de 2012

"UBÁ NOTÍCIAS" POSTAGEM Nº560 - ANO 2



Lígia Aroeira Ferreira



Fique por dentro

RECORDANDO...
Encontro de amigas:Matilde Toledo(Tildinha),Luíza Reis, Lígia Aroeira,Lúcia Léa Damiano Pistilli,Jane Barleta,Bebeth Peixoto,Fernanda Carneiro.




Elza Marcatto


Em dia com a notícia


FEIRA MINEIRA DE MÓVEIS

Beneficiada  pelo aumento da renda da classe C e por incentivos do
governo, indústria projeta crescer 5%, mais do que o dobro do avanço previsto para a economia do país.
O governo federal publicou um decreto zerando a alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a setor moveleiro.
Ávidos pelo aumento do poder aquisitivo da classe média, cerca de  60 expositores  de Minas Gerais, inclusive Ubá,  vão participar da 14ª Feira Mineira de Móveis e Decoração, no Minascentro, de 4 a 9  de setembro.
Os organizadores  acreditam que o volume de vendas será  25% maior do que o da última edição.
O público esperado é de 40 mil pessoas .
Os ingressos custam 5 reais, mas podem ser retirados gratuitamente  no site:

Fonte: Jornal Estado de Minas de 21 de agosto de 12.
Paulo Henrique Lobato.



Andréa M.Vieira Occhi



Faça seu estilo


DICA DE BELEZA
CABELOS:O liso permanece, mas não abuse, esqueça a chapinha.
Agora é a vez do liso escovado, com movimento, com leves ondas.
Tonalidades:   Loiros  amanteigados e platinados. Mechas, com reflexos mais claros. Loiros  caramelos,vermelhos e amendoados.
Penteados:  simples, rápidos. Tranças, coques e rabos.
                   ESPAÇO ABERTO
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Este blog é para a integração dos ubaenses. Mande suas notícias, fotos, mensagens...
Email: ubanoticias@gmail.com 
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Quando éramos crianças...
... reminiscências dos primeiros anos da década de 50

Olympio Coutinho 

Do meu tempo de criança em Ubá não há nada que tenha ficado mais gravado na minha memória que as viagens que meu pai, Olympio da Cruz Coutinho, fazia aos grotões da Zona da Mata Mineira para vender adubo Serrana. No seu Ford 28, ele se aventurava por estradas poeirentas ou enlameadas para visitar seus clientes e ganhar as comissões que sustentavam uma família de 11 filhos.
Era uma alegria quando a gente o ouvia dizer a mamãe, dona Maria Luiza Simões Coutinho: “Vou levar os meninos. Preciso deles pra abrir porteira!”. Ficávamos ouriçados e tratávamos logo de arrumar a gaiola que aprisionava um canarinho da terra – o “chama” – e pelo menos dois alçapões. A vara de pescar também fazia parte de nossa “bagagem”, bem como casacos de lã – a gente nunca sabia o que podia acontecer...
Na noite anterior, a gente mal dormia, sonhando com a roça... a roça com cheiro de capim e bosta de boi e vaca, a roça das plantações e das frutas no pé, dos claros regatos, do verde mato e dos passarinhos – dos tizius, dos bico de lacre, das rolinhas e dos sanhaços. A roça dos canarinhos da terra, pardos e amarelinhos, nosso objeto de desejo naqueles tempos em que desejo era apenas vontade de viver.
De manhã bem cedo, lá estávamos nós prontos para a grande aventura. Mamãe nos entregava uma trouxinha toda xadrezada e com nó no alto cheia de doces e outras guloseimas “para comer no caminho”. Era doce ver o carinho da mamãe... “Vai com Deus, marido! Meninos, tomem cuidado!”. Assim ela resumia todas suas preocupações, que, acredito, eram muitas.
Não foram poucas as vezes em que a chuva e a lama das estradas impediram a nossa volta e ficávamos abrigados em um sítio dias e noites seguidas esperando o tempo melhorar e a estrada dar passagem para o Fordinho. Isso naqueles tempos em que não havia telefonia rural e o jeito era confiar em Deus – e, graças a Deus, mamãe confiava.
Quando o tempo demorava a melhorar, havia sempre a alma boa do sitiante hospedeiro, que, vendo a preocupação de papai, chamava um homem e o mandava a Ubá para avisar mamãe.  Ele apeava do cavalo em frente ao número 176 da Cristiano Roças, gritava "Ô de casa" e era atendido por uma esposa e mãe ansiosa: “Seu marido tá bem e os meninos também!”. Para mamãe era um Deus que chegara a cavalo.
Na volta, a mesma alegria da ida, agregada à saudade das coisas vividas na roça. A roupa suja de poeira ou lama, os sapatos sujos de barro e a gaiola cheia de canarinhos da terra eram os nossos troféus, as provas da nossa grande aventura, que haveríamos de contar aos colegas de escola e aos amigos com os exageros próprios das crianças... que um dia fomos.

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