sexta-feira, 14 de agosto de 2015

"UBÁ NOTÍCIAS" POSTAGEM Nº1418 - ANO 5

         
                         



Lígia Aroeira Ferreira


FIQUE POR DENTRO


Mª VIRGÍNIA BRANDÃO TEIXEIRA
Foto de Maria Virginia Brandao.
Recebendo o certificado de participação no curso de Mediação Transformativa, com Dr. Adolfo Braga Neto e o Prof. Joseph P. Folger

A ubaense, Assistente Social e Advogada, exerceu por muitos anos e com muita competência a função de assistente social e atualmente está atuando na área do Direito.  

Participando do curso realizado pela OAB/MG.





Elza Marcato



EM DIA COM A NOTÍCIA



NOVA RUA
Foto de Vadinho Baião.
Construção da ligação entre o alto do Bairro Santa Cruz e o Bairro São João. 
Em breve chegará a iluminação pública e o calçamento. 
Esta nova rua viabilizará o acesso à nova Escola Creche que em breve será construída no Bairro.
Fonte: PMU



Márcia Aroeira Barbosa



FOTOS E FATOS



ANA Mª CAMPOMIZZI BUENO

Ana Maria é filha dos queridos e saudosos amigos Dr. Bueno e Neguita Campomizzi                                            
                           ESPAÇO ABERTO
É como um sonho encantado
que não termina jamais:
Ubá meu berço incrustado
dentro de Minas Gerais.
                                       Olympio Coutinho
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Este blog é para integração dos ubaenses. Mande suas notícias, fotos, mensagens...
Email: ubanoticias@gmail.com
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Histórias de Ubá - Zé Truta
Rona Mazza
      José Leôncio, funcionário do Colégio Estadual Raul Soares, era dedicado e competente nos afazeres gerais. Querido por todos, embora ranzinza, executava a limpeza com dedicação e boa vontade. Íntimo dos professores, freqüentava a sala dos mestres e participava dos papos servindo o gostoso cafezinho preparado com esmero pelo Pedro, seu dileto amigo e confidente.
      Nosso ginásio, no início dos anos 1960, já ocupava as amplas e funcionais instalações do novo prédio (tem lá uma placa afixada no hall: “Casa da Juventude, fê-la construir o ministro Clóvis Salgado”, inaugurado pelo governador Magalhães Pinto com discursos, banda e foguetório) erguido no topo do morro frente à recém-inaugurada praça Getúlio Vargas. O bar do Moreira, vizinho, também iniciava sua caminhada e os tira-gostos, 50 anos depois, continuam como referência. O acesso ao Gina só era possível pela Rua Coronel Bernardino Carneiro, a antiga Rua das Flores. A Rua de cima, hoje farmacêutico José Rodrigues de Andrade, existia só no sonho. Como era longe o Ginásio...
     E a vida continuava naqueles ermos. Um dia chega a triste notícia: nosso querido diretor, dr. Agenor Barbosa, sério e competente no honroso cargo, acabara de falecer, abrindo enorme lacuna nos meios educacionais.
      Passadas as exéquias e as merecidas homenagens ao inesquecível diretor, começaram as dèmarches para indicar o substituto. Evidente que o cargo, de enorme prestígio, era disputadíssimo. E as conversas se alongavam nos atapetados gabinetes do poder em Belo Horizonte. Políticos, numa demonstração de prestígio, iam e vinham com notícias diversas enfrentando aos poeirentas estradas de acesso à capital.
      A comunicação naqueles idos eram razoavelmente resolvidas pelos telegramas  que todos – funcionários, professores e alunos - aguardavam num misto de ansiedade e preocupação com os novos tempos que se avizinhavam.
      A Sala dos Professores passou a ser o centro das notícias e também das fofocas. E o Zé Truta passou a freqüentá-la mais amiúde. Escutava as conversas de pé-de-ouvido e ia se abastecendo de informações. No pátio, nos intervalos, os alunos também especulavam e se acercavam do bem informado Zé Truta. E a sacanagem campeava
“Ô Zé, tão falando que o Tunim Preguiça vai ser o novo diretor”, provocavam. “É muito novo, tá verde ainda...”, respondia entre dentes. “E os Arthidoro, hein Zé Truta?”. Estes aí não podem não, tão dirigindo o Ginásio São José”, explicava do alto de suas sigilosas informações.
       O notável professor Galdino de Faria Alvim, mestre em biologia, fundador do Tabajara, esportista, chegou a ser cogitado. “E o Galdino, Zé Truta, o quê ocê acha dele pra diretor?” –“O Galdino entende muito é de fôia e de pranta...”.


       Tempo passando, os políticos se engalfinhando e nada do novo diretor ser indicado. Numa manhã, tá lá o Zé caprichando na limpeza da Sala dos Professores e de ouvidos afiados nos papos em voz baixa, quase sussurros. Nesta altura mais de trinta pretendentes haviam sido cogitados. Era briga de foice. De repente as discussões foram num crescendo, aumentando os decibéis e só interrompidas pelo sino do Nico Peluso. 

Preguiça vai ser o novo diretor”, provocavam. “É muito novo, tá verde ainda...”, respondia entre dentes. “E os Arthidoro, hein Zé Truta?”. Estes aí não podem não, tão dirigindo o Ginásio São José”, explicava do alto de suas sigilosas informações.
       O notável professor Galdino de Faria Alvim, mestre em biologia, fundador do Tabajara, esportista, chegou a ser cogitado. “E o Galdino, Zé Truta, o quê ocê acha dele pra diretor?” –“O Galdino entende muito é de fôia e de pranta...”.
       Tempo passando, os políticos se engalfinhando e nada do novo diretor ser indicado. Numa manhã, tá lá o Zé caprichando na limpeza da Sala dos Professores e de ouvidos afiados nos papos em voz baixa, quase sussurros. Nesta altura mais de trinta pretendentes haviam sido cogitados. Era briga de foice. De repente as discussões foram num crescendo, aumentando os decibéis e só interrompidas pelo sino do Nico Peluso.
        Professores saem rumos às salas, alguns com os cenhos franzidos, todos engravatados, e Zé Truta parte em sentido contrário, rumo aos alunos que se aglomeravam no pátio aguardando o desfecho daquele enredo que não chegava ao fim. Cercam o informante à cata de alguma informação mais lúcida. A ansiedade era geral. “Ô Zé, saiu briga lá?”
      Compenetrado, preocupado com o desfecho e com seu emprego, nosso amigo colocou o braço no cabo da vassoura, respirou fundo como se preparando para  a aguardada notícia. Os alunos, curiosos, como num pacto fizeram silêncio, se perguntando “... e aí, Zé. Como ficou resolvida a questão ?”.
       “Do jeito que anda as coisa, essa fria vai acabar sobrando pra mim...”
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