Lígia Aroeira
PANDEMIA e PÓS-PANDEMIA: o que esperar das nossas emoções?
Persistirá o MEDO?
Esse que, fisiologicamente, exerce a função de proteção e de
preservação da vida, continuará a suplantar nossas defesas emocionais,
mantendo-se crônico, mesmo após passado o perigo?
O medo crônico afeta
negativamente o sistema imunológico, a bioquímica cerebral e periférica,
causando transtornos emocionais e clínicos, agravando os sintomas das pessoas
com transtornos emocionais pré-existentes.
O temor do incontrolável, a
falta do trabalho rotineiro, o distanciamento afetivo e social, as perdas,
evidenciam efeitos emocionais negativos como: alterações do sono, do apetite,
aumento ou redução do peso, tristeza, irritabilidade, chegando a quadros leves,
moderados ou graves de depressão-ansiosa. Podem também evoluir como transtorno
de pânico, transtorno do estresse pós-traumático (TEPT), chegando, mais
raramente, a sintomas psicóticos, e ao suicídio.
O que ajuda?
· Manter as rotinas de
alimentação e de sono, e adotar novas atividades físicas, intelectuais,
culturais e criativas, para aproveitar o tempo sobrando;
· Manter a atividade física
sob o sol;
· Aproveitar a chance para
aprender novos conteúdos e habilidades;
· Aumentar o interesse pelas
necessidades do próximo, exercitando a generosidade.
O tratamento emocional, sempre que necessário, baseia-se na forma da
apresentação individual dos sintomas, no correto atendimento psiquiátrico da
sintomatologia, aliando farmacoterapia, à psicoterapia, a atividades: física,
produtiva e intelectual, bem como no estímulo ao desenvolvimento de novas
habilidades, rotinas e hábitos, o que, gradativamente, desfará os efeitos
emocionais negativos das restrições.
Melhor saída?
Cuidar de si e do outro.
Elimar Jacob Salzer Rodrigues - Psiquiatra
Mestre UFRJ - Professora UFJF - Coordenadora da Comissão de Ética
Médica da SMCJF.
Visite o blog Elimar Jacob Psiquiatra
Queria muito voltar a ser como antes.
Esperar, com ansiedade, pelos primeiros raios de sol que assistiam minhas caminhadas.
Encontrar com estranhos pelas ruas e, em vez de desviar deles pelo medo de contágio, sorrir e atender ao impulso humanamente generoso de um cumprimento.
Cozinhar com prazer, tirando de humildes ingredientes o feitiço de transformar o trivial em único indiviso, o sabor convencional em aromas inconfessáveis.
Planejar encontros com amigos do peito, falar de banalidades ou de heresias, ao som de vinhos e ao sabor de acordes. Ou, que seja, o contrário disso.
Pensar na vida como tudo o que vem pela frente. Gozando o sagrado direito de imiscuir nele aventuras fantásticas que não cumpriremos, mas adoçam a alma.
Porém...
Eis aí uma luz que ora se acende, ora se apaga, ora acalenta a esperança, ora apenas escurece os planos de futuro.
E então viver passou a ser uma luta diária e contínua contra os medos. Mas não são como se fossem flagelos. Parece mais com um momento vazio de trânsito engarrafado, quando a gente diz: vai passar. Como se fosse uma estranha ponte de passagem.
__________________________________
____________________________________
Espaço Aberto
___________________________
Como proceder para postar mensagem nos "Comentários" desta página:
-Clicar em "digite" (digitar na janela aberta)
-Selecionar o perfil em "comentar como" (aparece várias opções - clicar em "nome/URL")
-Clicar em publicar
-Aparece espaço para colocar o nome da pessoa que fez o comentário
Caso não acerte; envie seu comentário para o email: ligiaroeira@gmail.com
____________________________________
Nenhum comentário:
Postar um comentário