No último dia 11 foi inaugurada a Clínica Odontológica do Curso de Odontologia da UNIFAGOG - Centro Universitário Gov. Ozanan Coelho, no 2º pavimento da sede do Núcleo do Câncer de Ubá.
Elza Marcato
As ubaenses sempre enaltecendo o nome de sua cidade natal.
Parabéns!
Lembranças de Ubá - 1ª parte
Ubaldo Marques Porto Filho
Em dezembro de 1954, meu pai deu um presentão à esposa, levando-a com os seis filhos para passar o Natal em Ubá, cidade na Zona da Mata Mineira, terra da minha avó Josina, casada com Antônio da Costa Almeida, português de Oliveira de Azeméis. Minha mãe ficou muito alegre, haja vista que há quatro anos não via os pais.
A viagem foi rocambolesca: em Jequié, onde residíamos, embarcamos num avião da Real Aerovias que procedia de Salvador e que nesse dia fazia o voo inaugural da linha Jequié-Governador Valadares. Nessa cidade mineira pernoitamos e demos início a uma maratona por estradas poeirentas. De ônibus, pela Rio-Bahia, fomos até Caratinga, onde papai fretou dois automóveis para levar a família de oito pessoas até Ubá.
Logo após o Ano Novo, ele foi rever colegas na sede do Banco do Brasil, no Rio de Janeiro, à qual se encontrava funcionalmente subordinado como fiscal da Carteira de Crédito Agrícola e Industrial. Retornou com uma notícia espetacular para mamãe: “Aparecida, você não volta mais para Jequié. No Rio descobri que a agência de Ubá estava sem fiscal. Pedi a transferência, que foi imediatamente homologada!”. Como não poderia deixar de ser, ela achou excelente permanecer em Ubá. Por ser filha única, queria mesmo ficar bem perto dos pais: vovô estava com 84 e vovó com 73 anos.
Fomos residir numa casa alugada na Rua Doutor Ângelo Barletta, número 98. Era um logradouro plano e bem arborizado, com amoreiras de um lado e outro. Quando as aulas começaram, fui estudar no Externato Vera Cruz, da educadora Maria Machado Carvalho, na Rua Santa Cruz, 551, pertinho da casa do vovô, que residia no número 589. Era uma rua comprida e das mais importantes da cidade.
Com o dinheiro apurado na venda da casa de Jequié, papai construiu uma pequena casa na parte da frente do terreno do vovô, que para aí se mudou. A casa antiga, mais espaçosa e localizada na parte mais elevada do terreno, passou a ser a nossa nova residência depois de uma pequena reforma. E foi nessa casa da Rua Santa Cruz que comecei realmente a desenvolver o gosto pela leitura, nas publicações que meu pai recebia: a revista O Cruzeiro e o jornal Diário de Notícias, ambos do Rio de Janeiro; além dos três periódicos locais, Cidade de Ubá, Folha do Povo e o jornal Reação.
Considerada como uma das cidades mais progressistas da Zona da Mata, no Sudeste de Minas Gerais, Ubá dispunha de duas emissoras de rádio: Rádio Sociedade Ubaense (ZYC-4) e Rádio Educadora Trabalhista (ZYV-43). Os grandes circos passavam pela cidade e tenho gratas recordações de dois dos mais famosos, o Nerino e o Garcia.
(continua amanhã)
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