terça-feira, 9 de abril de 2024

"UBÁNOTÍCIAS"POSTAGEM N°3361-ANO 13







Lígia Aroeira
Nelson Ned - 4ª Parte
















Nos anos seguintes, Nelson Ned estreitaria laços com Chacrinha.

"Ele foi como um pai para mim", disse. "Um homem respeitador, carinhoso, que acreditou no meu talento."

De tempos em tempos, o apresentador convidava Nelson para acompanhá-lo nas gravações de seu programa, veiculado pela TV Excelsior, em São Paulo.

Nessas viagens, o artista conheceria as boates da cidade, realizando shows durante a noite; ao amanhecer, visitava gravadoras numa tentativa de emplacar seu trabalho.

Assim, conheceu Leonardo Schultz, maestro que o levaria à capital portenha em 1968, como atração do Festival Buenos Aires de la Canción. Nelson mostrou a ele uma música ainda inédita a ser apresentada no evento: Tudo Passará.

Schultz apossou-se da obra, negando créditos ao brasileiro.

Pouco depois, a balada ganhou uma gravação em espanhol, na voz do britânico Matt Monro, um dos cantores favoritos de Frank Sinatra. Versões em inglês, francês, turco, búlgaro, além de instrumentais, se sucederiam nos meses seguintes — todas citando Schultz como autor.

Nelson, porém, já havia registrado a música e ajuizou um processo de plágio contra o maestro — em 1975, um tribunal de Buenos Aires daria ganho de causa ao artista brasileiro.

O veredito determinou o pagamento de 8 mil dólares como indenização, mais 200 mil pelos royalties retidos.

Genival Melo, empresário do cantor, declarou à imprensa em fevereiro de 1969: "Nossa surpresa maior foi quando vimos aqui em São Paulo, lançado pela CBS, um disco de Carlos José, vertido do espanhol, sob o título Tudo Passará. Não era outra, senão a canção de Nelson Ned. Isso é o cúmulo, pois a música é brasileira."

Dois meses depois, por influência de Genival, a Copacabana Discos lançou um compacto com a faixa, agora na voz de Nelson.

Já em maio, essa versão lideraria paradas radiofônicas por todo o país, às vezes superando os Beatles e Roberto Carlos. Imediatamente, a gravadora anunciou o segundo álbum do artista mineiro — também intitulado Tudo Passará.

Ao posar para a capa do LP, Nelson exigiu uma fotografia que ressaltasse sua estatura. Na imagem, ele aparece sentado, balançando as pernas sobre um imponente contrabaixo, com partituras ao fundo. O cantor assinava nove músicas do disco.

"São composições autobiográficas", afirma Barcinski.

"Nas entrelinhas, percebemos que abordam a vida de um homem rechaçado por ser pequeno. É um álbum muito triste e pesado, sobre as angústias de alguém que não corresponde a certos padrões sociais."

Todas as letras foram escritas na primeira pessoa. Além da faixa-título, inspirada no relacionamento de Nelson com uma prostituta, o disco trazia Camarim, registro confessional de sua existência solitária, e Tamanho não é Documento, em que o artista discorre explicitamente sobre nanismo.

"Você vive sempre a brincar comigo / Pode judiar de mim, que eu nem ligo / Sou pequeno, mas meu coração é grande / Bem maior do que o seu / Que já não cabe mais ninguém / Tamanho não é documento / Pelo menos tenho sentimento / Mas isso é coisa que você não tem."

Fonte: “Tudo passará - A vida de Nelson Ned, o Pequeno Gigante da Canção” Autor: André Barcinski 
Editora: Companhia das Letras
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Recordando...


O saudoso e querido Gabriel Micherif e Miucha Trajano
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Elza Marcato
Prefeitura Municipal de Ubá


Prefeito Edson Teixeira Filho
Nesta última sexta-feira (05), entregamos 3 novos ônibus para nossa Secretaria de Educação. 
Com esses veículos, estamos fortalecendo nosso compromisso com a qualidade da educação e garantindo que nossos estudantes tenham um transporte seguro e confortável para chegar à escola.
Essa é apenas mais uma das muitas conquistas que teremos ainda neste ano para a Educação em Ubá. 
Haverá a entrega de novas escolas e outros projetos que serão implementados.
Estamos construindo um futuro promissor para nossa cidade.
Fonte: Facebook
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ESPAÇO ABERTO
Ziraldo
Ziraldo foi ao encontro da Supermãe, do Jeremias, o Bom, do Mineirinho e de tantos outros dos inesquecíveis personagens que criou.
Ele, que nunca deixou de ser o eterno Menino Maluquinho, sua criação mais famosa, não se vai de todo. 
Deixa um legado para a posteridade.
A Turma do Perere, que povoou nossa infância mineira, certamente o está aplaudindo por chegar ao termo da jornada com a mesma dignidade de sempre. Estamos ouvindo um coro de vozes de alguns dos animais que representam nosso rico folclore que ele tanto fez conhecer em suas historinhas infantis mas que também eram apreciadas pelos adultos. O Tatu, o Coelho, a Onça, o Jabuti e a Coruja.
Seus verdadeiros companheiros no combate à censura e na luta pela redemocratização do País são igualmente inesquecíveis para quem vivenciou os anos rebeldes.
Bode Orelana, Graúna e os Fradins são figuras imortais, criadas por Henfil, um de seus parceiros no Pasquim.
Ziraldo viverá para sempre!
Que siga seu novo caminho!

Texto do riobranquense Newton Passos
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