Lígia Aroeira
ZIRALDO: 60 ANOS EM NOSSAS VIDAS
(Capítulo 2)
Celma Mazzei
Continuo
eu, Celma, pela maior afinidade com nosso querido Ziraldo, a contar um
pouco do tanto que guardamos dele nas nossas mais gratas lembranças.
-
Zi, faz um acróstico pra mim? - Como, Celma?... nunca fiz nenhum!
- Ô,
Zi, no único que me foi dedicado, o poeta usou “zamifeiramente”, na
letra Z do sobrenome Mazzei...
- Melhor que isso, acho que faço,
comentou rindo. Confiante, arrematei: Você é sensível, bom na escrita, o
poema ficará perfeito. E ficou! Não só permanece de cor nesta velha
cabeça, como ocupa um lugar de destaque na parede do meu quarto... (veja
aí).
Outro pedido inusitado, desta vez em dupla,
foi feito em um encontro que tivemos no Parque Lage, lá nos anos de
1970:
- Zi, precisamos de uma Logo para nossos novos cartões de visitas e
pensamos em você pra criar uma.
Ele franze o cenho e diz: - Gente, cês
me pedem cada uma! Mas, como nosso amigo nunca nos negou nada, daí a uns
dias nos liga e lá fomos conhecer o trabalho.
Que gênio! Caprichou nos
traços daqueles dois rostos iguais, de perfil, envoltos por duas letras
C, destacando a semelhança e os penteados hippies que usávamos naquele
tempo...
Como retribuição aos presentes
encantadores, nosso amigo estava a merecer um afago extra.
A
oportunidade surgiu quando cantávamos numa casa noturna, das mais
elegantes da cidade de São Paulo, o Stardust, no então charmoso e
florido Largo do Arouche; Ziraldo se encontrava na cidade, hospedado lá
perto. Chegou feliz para nos assistir e nos aplaudir.
Lá pelas tantas,
anunciamos solenemente sua presença, colocamos um microfone em suas mãos
e o conduzimos ao palco.
Encorajado, depois de dois ou três uísques,
não é que o menino de Caratinga caprichou no charme e soltou o gogó num
standard americano?
Os aplausos fizeram vibrar as paredes! Foi um
momento de glória para quem sonhava ser cantor, como declarou em várias
ocasiões...
No dia seguinte, turismo paulistano
para conhecer o metrô, eu de cicerone... e assim, fomos consolidando
nosso afeto, registrado em bilhetes, fotos e dedicatórias e criações do
mestre, tudo isso arquivado com carinho e guardado no cantinho esquerdo
destes gêmeos corações...
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Recordando...
Saudosos: Nicolino DeFelippo, Renê Manhães, o então diretor do Ubá Tênis Clube Daniel Rooke, Nelson Gonçalves apresentando show no UTC
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Elza Marcato
Asilo São Vicente
A tarde de atividades no Asilo São Vicente foi muito agradável e proveitosa para os moradores da casa.
Com o objetivo de ampliar e melhorar as habilidades motoras dos moradores, a ação proporcionada pela professora de educação física e pela equipe de fisioterapia foi um sucesso.
Parabéns aos organizadores!Fonte: Facebook
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ESPAÇO ABERTO
Nelson Ned- 6ª Parte
A fachada de um cassino mexicano exibe o epíteto pelo qual o cantor se tornara conhecido: O Pequeno Gigante da Canção
A
partir de 1970, emissoras portuguesas levariam músicas do álbum às
colônias lusófonas da África. No ano seguinte, Nelson Ned realizou uma
turnê por Angola e Moçambique.
"É difícil entender como ele se tornou uma celebridade por lá", explica Barcinski.
"Ainda
não existia televisão nesses países, e os jornais locais não publicaram
nenhuma reportagem sobre o Nelson. O mais provável é que tenha sido um
fenômeno puramente radiofônico. Os africanos ouviam sua obra e se
apaixonavam, talvez pelo fato de serem músicas sobre pessoas mal
tratadas, que sofriam humilhações na vida."
Nelson
desembarcou em Luanda, capital angolana, em 16 de abril de 1971. Na
pista do aeroporto, foi cercado por uma multidão de fãs incrédulos —
nenhum deles sabia que o astro tinha nanismo.
Para confirmar a própria identidade, subiu nas costas de seu empresário e cantou Tudo Passará — o público, então, o acompanhou em uníssono. Foi a primeira vez que uma plateia estrangeira demonstrou idolatria por ele.
"Essa é uma das características que levam o Nelson a ser tão popular lá fora", analisa Barcinski.
"Ele
fala sempre pela perspectiva dos excluídos. Em suas músicas, indivíduos
buscam algo, mas isso gera frustrações e cenas de intenso drama."
"A
sensibilidade dele sempre foi muito latina, desbragada, romântica, com
forte inclinação ao bolero. Quando ele canta, a gente consegue
visualizar claramente um monte de marmanjos aos prantos, enchendo a cara
de tequila numa boate do México."
Na terra dos mariachis, o brasileiro era um fenômeno: em 1984, o programa Globo Repórter
noticiou que seus discos estavam entre os mais vendidos pelas lojas
mexicanas, perdendo apenas para Michael Jackson e Silvia Tapia, uma
cantora pop local.
O
cartunista Henfil, que à época residia nos EUA, escreveu: "Nelson Ned é
um dos mais importantes cantores do povão porto-riquenho nos EUA"
Fonte: “Tudo passará - A vida de Nelson Ned, o Pequeno Gigante da Canção” Autor: André Barcinski
Editora: Companhia das Letras
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